A queda das vendas de música rap, acrescida às críticas internas aos efeitos negativos da sua cultura, estão, segundo um artigo de Nekesa Mumbi Moody, a prenunciar o declínio da sua popularidade.
Embora a diminuição da compra de música seja geral, as vendas de rap desceram 21% de 2005 para 2006. Pela primeira vez em 12 anos, nenhum álbum de rap constou dos 10 mais vendidos do ano.
Um estudo do Black Youth Project, citado por Davey D num artigo de 1 de Março, indica que, embora 58% dos inquiridos ouça hip-hop diariamente, a maioria considera que os seus temas são demasiado violentos e que as mulheres são tratadas de forma ofensiva. O autor acrescenta que estes dados indiciam o segredo "sujo" da indústria musical: "Os negros são amplamente usados para validar temas que são vendidos ao mainstream branco. Ou seja, enquanto que 90 por cento dos artistas de rap comercial na televisão e rádio são negros, a audiência alvo encontra-se fora da comunidade negra".
Davey D encontra no lado corporativo da música e na mentalidade interesseira dos seus executivos o motivo da afirmação "Hip-hop is dead", com a qual o rapper Nas denominou o seu último álbum. Paul Porter, um anterior programador da BET (Black Entertainment Television), considera que a morte do hip-hop está unicamente relacionada com o payola, usado com o fim de serem transmitidas músicas com temas violentos e sexuais.
Entretanto, um artigo de Kim Mulford publicado ontem anuncia como contraponto a "ascensão" do hip-hop cristão. Os adeptos do género "servem-se da sua música para chegar a pessoas desinteressadas pela igreja tradicional". Existem no entanto seguidores que estão a dificultar a vida dos rappers cristãos genuínos. O produtor de hip-hop Kris Bell afirma que estes aparecem na igreja "vestidos como o Tupac e tocando-se como os rappers seculares fazem". "Para muitas pessoas, essa é a forma de Satanás se infiltrar na igreja", conclui.
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