--- Na sua intervenção na EMP Pop Conference do passado fim-de-semana, Sasha Frere-Jones leu a lista dos nº. 1 da tabela Hot 100 de cada semana de 2004 e 2005 como se de um poema se tratasse. Terá sido algo do género:
Hey Ya!O objectivo era demonstrar a dominação do r&b após o 11 de Setembro. De facto, em 2004, 2005 e 2006, as únicas excepções à soberania do r&b/hip-hop provieram de concorrentes do American Idol e dos lamentosos James Blunt e Daniel Powter. Em 2007, a excepção ocorreu nesta semana, com"Girlfriend" de Avril Lavigne a chegar ao nº. 1.
Hey Ya!
Hey Ya!
Yeah!
Yeah!
Yeah!
Yeah!
Yeah!
--- Relativamente à direcção do seu novo álbum, Dizzee Rascal diz ter ouvido "old OutKast stuff, Young Jeezy, Dem Franchize Boyz, D4L's 'Laffy Taffy': that whole Atlanta 'snap' thing" e que isso o fez querer fazer "banging tunes - tunes that people can bump to and be ignorant to". (entrevista longa no OMM)
--- No amador feliz escreve-se sobre "Be My Baby" das Ronettes: do tempo em que a pop "ainda não sabia olhar para a câmara de televisão", da ligação ao filme Mean Streets e do comentário ao que Marcello Carlin escreveu há quatro anos sobre Phil Spector (na altura em que Spector fora preso e acusado de homicídio).
--- A primeira produção de Richard X em vários meses, um arranhanço à irmandade Minogue: Chungking – Slow it Down.
Espera-se que surja brevemente o trabalho que fez em três temas do novo disco de Annie (onde também intervirá Brian Higgins/Xenomania em quatro faixas. Richard X 3x + Xenomania 4x já é uma estimativa de que a coisa dificilmente correrá para o torto).
--- Just Blaze improvisou a batida; JME, Skepta e Klashnekoff improvisaram a letra. O resultado está aqui.
"Boy better know we cool / I don't care if you buss your tool / me and JME sold so many t-shirts / we make Versace look like a fool"
--- Perto do final da EMP Pop Conference, Amy Phillips (editora da secção de notícias da Pitchfork) interveio afirmando (entre outras coisas): "Kids don’t care about Robert Christgau or Simon Reynolds". Posteriormente, Scott Plagenhoef (também editor no mesmo site) desenvolveu a ideia no ILM:
«(...) to an emerging generation of kids, music criticism is 24-hour news and leaks and mp3s and ratings and getting to things first. It's not about digesting music and it's not having meaningful conversations about it or reading someone else's ideas about it. Indeed, it's barely having conversations about it all. The democratization of music crit-- on mssg boards, mp3 blogs, etc.-- seems to not be resulting in ppl sharing more ideas with one another, but falling over another just to plant flags. And now many (specifically indie) fans seem actively suspicious of anyone who talks at length about music.
P4k's very act of printing longform reviews and attempting to share ideas about music is, quite oddly, resented and seen to many as us cramming our opinions down someone's throat or inherently self-indulgent because ppl don't look to music writers for ideas, merely for suggestions on what to download. It's resented and kicked against because music crit is, to many of them, seemingly merely used as a tipsheet and now they can just 'listen to an mp3 and make up their own mind.'
And I fear that with mp3s giving people v. little tangible to grasp onto (no album art, liner notes, photos-- no product), the internet eliminating the need to hunt for info or sounds about/from an artist (let alone make choices about who to literally invest in), the rise of DVDs and video games as products that kids cherish, collect, and participate in w/o other distractions, and music almost exclusively something you do while you're doing something else (a background/lifestyle item) that there is little myth-making or magic in pop music these days, and as a result fewer ideas and conversations and arguments. (...)»
2 Comentários:
Muito pertinente essa reflexão de Scott Plagenhoef...
Parabéns pelo blog ; )
2 de maio de 2007 às 00:39
bom comeco
20 de novembro de 2009 às 21:43
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